TRADUZA A PAGINA NA LINGUA DESEJADA DEUS VOS ABENCOE.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Chamados Segundo o Seu Propósito ( por John Piper)

por
John Piper
(Sermão pregado em 13 de outubro de 1985)
Romanos 8:28-30


Romanos 8 é um dos capítulos mais sangrentos do Novo
Testamento. Veja os versículos 35 e 36:
“Quem nos separará do amor de Cristo? Será
tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito:
‘Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias;
somos considerados como ovelhas destinadas ao
matadouro'”.
Porém, sobre esta violenta pintura da vida cristã, Paulo
escreve a palavra ESPERANÇA com um grande pincel
vermelho. Por exemplo, no verso 37, ele exclama: “Mas, em
todas estas coisas somos mais que vencedores”. Não apenas
vencedores, mas mais que vencedores! Tribulação, angústia,
perseguição, fome, nudez, perigo e espada não são apenas
vencidos; são mais que vencidos: se tornam servos para nosso
bem.
Este é o significado do aclamado versículo 28: “Sabemos que
Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o
amam, dos que foram chamados de acordo com o seu
propósito”. As versões diferem um pouco aqui. A NTLH diz:
“Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele
chamou de acordo com o seu plano” . E a “Revista e
Atualizada” diz: ”Sabemos que todas as coisas cooperam para
o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito”.
Para o meu estudo, estou inclinado a ler a KJV (N.T.: King
James Version) como a mais fiel ao palavreado original de
Paulo. Mas a diferença não é tão grande que você tenha de
aceitar minha palavra para o que digo. Todas as versões
significam basicamente que Deus está tão soberanamente no
controle do mundo que todas as coisas que acontecem aos
cristãos são ordenadas de tal forma que elas servem ao nosso
bem. Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo e
espada – todas trabalham juntas para o bem dos que amam a


Deus.
Então a rude esperança do crente não é que nós escaparemos
da angústia ou do perigo, ou fome, ou de um massacre, mas
que o Deus Todo-Poderoso fará cada uma de nossas agonias
um instrumento de Sua misericórdia para o nosso bem.
“Vocês planejaram o mal contra mim”, José disse a seus
irmãos que o tinham vendido como escravo, “mas Deus o
tornou em bem”. É assim também com toda calamidade que
acontece àqueles que amam a Deus. Deus a torna em bem.
Seis quarteirões a oeste daqui, na 7th Street, um alicerce está
sendo escavado para um novo prédio. Uma gigante cavadeira
mecanizada fica no centro do terreno, arrancando fora toda a
sujeira e lançando em caminhões de lixo que a transportam
para longe. Observando da borda, eu estimo que o buraco já
tem 5 ou 6 andares de profundidade. O que nós podemos
inferir disso? Eu deduziria que alguma coisa muito grande
será assentada no terreno, já que um alicerce muito profundo
está sendo cavado. Quanto maior o prédio, de maior alicerce
ele precisará.
Quando se trata da arquitetura de promessas, não existe um
prédio maior que Romanos 8:28. A estrutura é absolutamente
assombrosa em seu tamanho. É grandiosa. É infinitamente
sábio, infinitamente poderoso Deus se comprometer a fazer
todas as coisas benéficas para seu povo. Não apenas coisas
boas, mas coisas horríveis, como tribulação, angústia, perigo
e morte. Que tijolo você colocaria no topo desta promessa
arranha-céu para fazê-la mais alta? “Todas as coisas”
significa todas as coisas.
Se você vive debaixo desta promessa grandiosa, sua vida é tão
sólida quanto uma rocha. Nada pode levá-lo além das paredes
de Romanos 8:28. Do lado de fora desta promessa tudo é
confusão, ansiedade, medo, incerteza, abrigos inúteis de
drogas anestésicas, o chão perigoso de planos de
aposentadoria, fraquíssimas forticações de mísseis antibélicos
e uma centena de substitutos para Romanos 8:28.
Uma vez que você entra pela porta da grandiosa e inabalável
estrutura de Romanos 8:28, tudo muda. O que vem em sua
vida é estabilidade, força e liberdade. Você simplesmente não
pode ir além disso. A confiança num Deus soberano que
governa para nosso bem toda a dor e todo o prazer que iremos
experimentar nos dá refúgio, segurança e poder
absolutamente incomparáveis em nossas vidas. Nenhuma
promessa em todo mundo supera a altura, a largura e o peso
de Romanos 8:28.
Conseqüentemente, a base dessa estrutura grandiosa deve
ser extraordinariamente profunda e poderosa. É claro que é. E
é sobre isto que nossa série de quatro semanas tratará. O


versículo 29 começa com “porque”. Isto significa que a base, o
alicerce, o fundamento desta grandiosa estrutura em
Romanos 8:28 é o que segue. E não deveríamos nos
supreender que haja uma fantástica fundação para suportar
uma fantástica promessa.
Meu objetivo nestas quatro semanas é guiar você através da
fundação da promessa de Romanos 8:28. Minha oração é que
sua confiança nesta promessa cresça e que estabilidade,
força, liberdade, esperança e alegria renovadas em sua vida
sejam provas vivas para o mundo de que nosso Deus reina. A
fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus. Nós lutamos
para nossa fé ser cada vez mais forte. Conseqüentemente, isto
nos leva a dar atenção verdadeira à Palavra de Deus.
Então, eu entendo que o versículo 28 contém uma promessa
(todas as coisas cooperam para o bem) e duas descrições dos
beneficiados por ela (aqueles que amam a Deus e aqueles que
são chamados segundo Seu propósito). Ao descrever os
beneficiados pela promessa, Paulo nos dá uma pequena
prévia do profundo alicerce que ele desenvolverá nos
versículos 29 e 30.
Especialmente quando ele diz que os beneficiados são os
“chamados segundo o propósito de Deus”, Paulo aponta para
os versos 29 e 30 mais adiante. O versículo 29 é uma
explicação do “propósito de Deus” (“Porque os que conheceu
de antemão, também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos”). E o versículo 30 desenvolve as implicações
do “chamados” no versículo 28 (“aos que predestinou, a estes
também chamou; e aos que chamou, a estes também
justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou”).
Então meu plano é devotar a mensagem desta manhã a
Romanos 8:28 e sua fundação resumida, e à noite me
dedicarei às lições do versículo 29. Nas três semanas
seguintes, manhã e noite, no versículo 30.
A questão que nós abrimos no versículo 28 é: Quem são os
beneficiados por esta promessa grandiosa? Quem pode ter
certeza de que todas as dores em sua vida são realmente uma
sábia e boa terapia de um Deus soberano para trazer o bem?
Paulo dá duas respostas. Ou ele descreve de dois modos uma
única resposta. Ele define os beneficiados da promessa
primeiro pelo que eles fazem em favor de Deus, e segundo
pelo que Deus fez em favor deles. Os beneficiados pela
promessa são as pessoas que amam a Deus. Este é o primeiro
e grande mandamento, que você ame o Senhor, seu Deus.
Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma
imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam.


Então, em segundo lugar, Paulo descreve os beneficiados pela
promessa como “aqueles que são chamados segundo Seu
propósito”. Qual o sentido de dizer que, além de amarem ao
Senhor, estas pessoas também são “chamadas segundo o
propósito de Deus”? Para responder esta questão, vamos
analisar duas passagens em que Paulo cita o chamado de
Deus e duas em que ele refere-se ao propósito de Deus.
A pista mais próxima sobre o significado dos “chamados” no
verso 28 é o verso 30, em que Paulo diz: “aos que predestinou,
a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também
justificou”. O que aprendemos neste verso é que Deus
justifica todo aquele que Ele chama. Ele os perdoa. Ele
esquece suas dívidas. Ele os trata como retos. Eles são Seus
filhos. “Aos que chamou, a estes também justificou”.
Isto significa que o chamado referido aqui não é o chamado
geral que se dá a todo homem pela pregação do evangelho. Se
fosse assim, todo aquele que ouvisse o evangelho seria
justificado. Porque o verso 30 diz “aos que chamou, a estes
também justificou”. Se todo mundo que ouve Billy Graham os
chamando para Cristo pela televisão é “chamado”, no sentido
de Romanos 8:30, então todos também estão justificados. Mas
Paulo claramente ensina que nem todos os chamados no
sentido geral são justificados. “Nós somos justificados pela
fé!” (Romanos 5:1). Nem todo aquele que é chamado no
sentido geral tem fé e, conseqüentemente, nem todos são
justificados. Mais ainda, Paulo diz “aqueles que são chamados
SÃO justificados”.
Paulo nos explica isto em 1 Coríntios 1:23-24: “ 23 Nós
pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os
judeus, e loucura para os gregos, 24 mas para os que são
chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus,
é sabedoria de Deus”. Observe cuidadosamente que Paulo
prega Cristo para os judeus e para os gentios sem
discriminação. Neste sentido, todos são chamados. Mas este
não é o sentido que Paulo usa para a palavra. Ele diz que
entre aqueles que ouviram o chamado geral, existem aqueles
que são os “chamados”. E a diferença é que aqueles que são
chamados no sentido deste trecho param de considerar Cristo
como um escândalo ou loucura. Em lugar disso, eles o
consideram o poder de Deus e a sabedoria de Deus. Verso 24:
mas para os que são chamados, tanto judeus quanto gregos,
Cristo se torna poder de Deus e sabedoria de Deus.
Portanto, Paulo ensina que, quando o evangelho é pregado,
Deus chama alguns tão poderosamente que seus corações e
mentes são mudados em relação a Jesus Cristo, e eles O
abraçam em fé e amor. Por isso Paulo pode dizer em Romanos
8:30 que “aqueles que são chamados são justificados”, ainda
que a justificação só venha pela fé – o chamado de Deus
produz fé; abre os olhos dos cegos para que possam ver que
Jesus é sabedoria e poder de Deus.


O chamado de Deus que Paulo tem em mente não é como
chamar um cachorro: “Aqui, Rex! Aqui! Vem cá, garoto!”. Rex
pode ou não vir. O chamado de Deus é como o chamado de
Jesus para o cadáver de Lázaro: “Lázaro, vem para fora!”. O
chamado contém o poder de produzir o que ele ordena. É um
chamado eficaz. Por isso Paulo pode dizer em Romanos 8:30
que todos “que chamou, também justificou”. A certeza de sua
justificação está no fato de que a fé pela qual os homens são
justificados é produzida pelo chamado eficaz de Deus.
Assim, quando Romanos 8:28 diz “Todas as coisas cooperam
para o bem dos que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo seu propósito”, isto quer dizer que os
beneficiados desta promessa grandiosa são aqueles que uma
vez não amavam a Deus, mas agora amam. E o fazem porque,
de forma eficaz, o Deus os chamou das trevas para a luz, da
descrença para fé, da morte para a vida, e plantou em seus
corações amor por Ele. O chamado eficaz de Deus é o novo
cumprimento completo da aliança de Deuteronômio 30:6 –
“Também o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o
coração de tua descendência, a fim de que ames ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, para que
vivas”.
A razão pela qual os beneficiados de Romanos 8:28 podem ter
certeza de que Deus certamente irá cumprir sua promessa a
eles é que o próprio Senhor os chamou irresistivelmente para
sua aliança e os capacitou para cumprí-la. Uma coisa é Deus
enviar uma mala-direta endereçada “a quem possa interessar”
convidando todos para o banquete em que todas as coisas
cooperam para o bem. Mas outra, totalmente diferente, seria
se Deus dirigisse até sua porta, caminhasse, pegasse você, lhe
colocasse no carro, dirigisse até o banquete de Romanos 8:28,
desse vestes de amor apropriadas para o jantar e assentasse
você à destra de seu Filho. Não seria uma iniciativa pessoal de
Deus, como no segundo caso, que daria uma confiança muito
mais profunda de que Ele realmente pretende conquistar você
com misericórdia todos os dias e fazer tudo cooperar para seu
bem?
Nós negamos esta profunda e maravilhosa segurança quando
não abraçamos a doutrina da soberania divina, do chamado
eficaz. Há um poder que chega à vida de um cristão quando
ele sabe como veio a ser beneficiado por esta promessa
incomparável. E como se não fosse o bastante para nos
assegurar que nos tornamos beneficiados pelo chamado eficaz
de Deus, Paulo adiciona as palavras “segundo seu propósito”.
Todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo Seu próposito.
Qual o motivo de Paulo adicionar este complemento “segundo
seu propósito”? Eu acredito que foi para tornar perfeitamente
claro e certo que o chamado de Deus se origina em Seu
propósito e não no nosso. O chamado de Deus não é uma


resposta a algo que nós prometemos fazer. Deus tem Seus
próprios propósitos, altos e sagrados, que governam aqueles
que Ele chama, e Seu chamado concorda com estes
propósitos, não com os nossos. Ele não dirigiu até minha
porta, me pegou, e me levou ao banquete porque eu concordei
com meu propósito de salvação, mas porque concordou com o
dEle. Se ele estivesse esperando eu ter o propósito de ser
salvo, eu ainda estaria assistindo televisão em casa.
Nós podemos ver a força desse pequeno trecho (“segundo seu
propósito”) se olharmos outro lugar em Romanos onde o
termo aparece, a saber, Romanos 9:11. No contexto Paulo
está tentando mostrar que nem todos os israelitas são
verdadeiros israelitas (versículo 6), nem todos são filhos de
Abraão só porque descendem dele (v. 7) e a diferença se um é
um verdadeiro israelita ou verdadeiro filho de Abraão depende
do propósito e chamado de Deus, e não do homem. Observe
os versos 10 a 12:
“E não somente isso, mas também a Rebeca, que havia
concebido de um, de Isaque, nosso pai 11 (pois não tendo
os gêmeos ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal,
para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse
firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
12 foi-lhe dito: O maior servirá o menor”.
O motivo desta passagem é ilustrar pelo exemplo de Esaú e
Jacó (os filhos gêmeos de Rebeca) a natureza do chamado de
Deus. Jacó e Esaú estavam no mesmo útero. Eles tinham o
mesmo pai. Eles não tinham feito nada bom ou mau. E Deus
concedeu seu favor a Jacó, e não a Esaú. Por quê? Por que
não esperar que eles crescecem e tivessem uma chance de
mostrar qual dos dois teria méritos que o fariam justo diante
de Deus, para então chamar um e outro não? Porque Deus
revelou sua escolha antes mesmo de eles nascerem?
Versículo 11 dá a resposta, e usa muito das palavras de
Romanos 8:28. “Para que o PROPÓSITO de Deus segundo a
eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas
por aquele que CHAMA”. O chamado incondicional de Deus é
livre de quaisquer méritos humanos, é o meio pelo qual Deus
mantém seu propósito eletivo. Se Ele não chamasse os
homens ignorando seus méritos, mas o fizesse baseado nisto,
então o propósito divino da eleição caíria por terra.
Deus seria como um candidato político procurando votos,
indo de eleitor a eleitor para ver se ele poderia ser eleito
Senhor. Deus proporia, mas o homem decidiria. O tamanho
da base política de Deus estaria dependendo, no fim, do voto
do homem. O sucesso das missões cristãs, e a possibilidade
de converter toda tribo, raça, língua e nação seria definido
pelo voto humano.


Mas o apóstolo Paulo nada disse de um Deus assim. Ao
contrário, ele diz que Deus favoreceu a Jacó e não Esaú antes
de eles nascerem para que o SEU propósito segundo a eleição
permanecesse firme, não por causa de suas obras, mas
somente baseado em Seu chamado – o chamado segundo Seu
propósito de eleição.
O que é, então, o alicerce de Romanos 8:28? Como aqueles
que amam a Deus terão certeza de que tribulação, angústia,
fome, nudez, perigo, espada ou morte irão de fato cooperar
para o seu bem? A resposta é que aqueles que amam a Deus
também são aqueles que foram chamados por Deus, e este
chamado não é baseado em algo vacilante e incerto como meu
comprometimento com Deus, mas somente em seu propósito
eterno de eleição; propósito pelo qual Ele me concedeu graça
sem levar em conta qualquer ação minha.
Nossa confiança de que todas as amargas e felizes coisas em
nossa vida irão se tornar servos do nosso bem não é baseada
simplesmente no fato de que há uma promessa na Bíblia. Mas
também se baseia no fato de que, desde a eternidade, Deus,
em Sua grande misericórdia nos escolheu para aproveitar Seu
banquete e nos deu evidência de nossa eleição por chamarnos
para termos um coração (não de pedra!) que ama a Deus.
“Todas as coisas cooperam para o bem dos que
amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
seu propósito”.

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