Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. (1 Coríntios 6.9–11)
Tais fostes alguns de vós. A igreja de Corinto, como as igrejas de hoje, tinha ex-fornicadores, ex-adúlteros, ex-ladrões, e assim por diante. Embora muitos cristãos nunca foram culpados dos pecados particulares listados, todo cristão era impuro antes de ter sido salvo. Todo cristão é um ex-pecador. Cristo veio para o propósito de salvar pecadores (Mt 9.13). Essa é a grande verdade do cristianismo: nenhuma pessoa pecou de maneira tão profunda ou prolongada que não possa ser salva. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). Mas alguns tinham deixado de ser assim por um tempo, e estavam voltando ao seu antigo comportamento.
Paulo usa mas (alla, a mais forte partícula adversativa grega) três vezes para indicar o contraste da vida cristã com a vida mundana que ele tinha acabado de descrever. Mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificado. Não fazia diferença o que eles eram antes de serem salvos. Deus pode salvar um pecador de qualquer e todo pecado. Mas faz uma grande diferença o que um crente é após a salvação. Ele deve viver uma vida que corresponda à sua limpeza, sua santificação e sua justificação. Sua vida cristã deve ser pura, santa e justa. A nova vida produz e requer um novo tipo de vida.
Lavados fala de nova vida, de regeneração. Jesus “nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3.5). Regeneração é a obra de re-criação de Deus. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5.17). “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus” (Ef 2.10). Quando uma pessoa é lavada por Cristo, ela nasce de novo (João 3.3-8).
Santificados fala de novo comportamento. Ser santificado é ser feito santo interiormente e ser capaz, no poder do Espírito, de viver exteriormente uma vida justa. Antes da pessoa ser salva ela não tem nenhuma natureza santa e nenhuma capacidade de viver de maneira santa. Mas em Cristo recebemos uma nova natureza e podemos viver o novo tipo de vida. O domínio total do pecado é destruído e substituído por uma vida de santidade. Mediante a sua pecaminosidade carnal os coríntios estavam interrompendo essa obra divina.
Justificados fala de uma nova posição perante Deus. Em Cristo somos vestidos de Sua justiça e Deus vê em nós agora a justiça do Seu Filho, e não o nosso pecado. A justiça de Cristo é creditava em nossa conta (Rm 4.22–25). Somos declarados e, na nova natureza, feitos justos, santos, inocentes e sem culpa, pois Deus é “justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3.26).
Os crentes de Corinto tinham experimentado uma transformação em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. O nome de Deus representa a sua vontade, o seu poder e a sua obra. Por causa da submissão voluntária de Cristo à vontade do Pai, sua morte na cruz em nosso favor, e sua ressurreição dentre os mortos, ele fez provisão para a nossa lavagem, santificação e justificação.
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